Política

Não votação de decreto de calamidade pública por parte da Câmara impede Executivo de tomar medidas emergenciais contra Covid-19

A não votação do decreto de calamidade pública devido à pandemia de coronavírus, pela Câmara Municipal de Senador Canedo, pode...

A não votação do decreto de calamidade pública devido à pandemia de coronavírus, pela Câmara Municipal de Senador Canedo, pode atrapalhar as ações do executivo para o combate à doença. Esta avaliação está sendo feita por secretários, que acreditam que a morosidade dos vereadores pode estar relacionada a um movimento de oposição à gestão do prefeito Divino Lemes.

Na terça-feira, 31, o presidente da Câmara de Vereadores, Dr. Reinaldo Alves, devolveu ao executivo o decreto municipal n.° 1.643/2020, que propõe estado de calamidade pública no município devido a pandemia do coronavírus.

Diante das controvérsias, Reinaldo Alves se posicionou contra e disse que, se o Legislativo aprovasse o decreto, era como se estivesse assinando um cheque em branco dando amplos poderes ao Executivo para realizar procedimentos administrativos, fiscais, orçamentários e financeiros.

Do outro lado, secretários da gestão Divino Lemes, que não quiseram se identificar, avaliam que a decisão da Câmara prejudica a população do município. Há que afirme que essa estratégia está sendo articulado por cinco vereadores que querem fazer oposição aos anseios urgentes da cidade neste momento de pandemia. “Querem atrapalhar a todo custo o bom andamento da administração pública. É o poder pelo poder sem pensar na saúde da população”, comentou secretário municipal, que preferiu não se identificar.

Praticamente todos os municípios goianos estão com seus decretos de calamidade em decorrência do Covid-19 aprovados. Em Senador Canedo, o primeiro caso da doença foi confirmado na semana passada, o que gerou alerta nas autoridades municipais, que reforçaram os pedidos para que a população mantenha a quarentena e os cuidados com a saúde.

No entanto, há um alerta vermelho porque com o aumento da demanda aos atendimentos de saúde, a prefeitura de Senador Canedo, assim como os outros municípios e Estado, vai precisar do aval da Câmara para fazer compras e contratações emergenciais. Sem o decreto de calamidade isso não será possível.

Para outro integrante da administração municipal, enquanto os demais vereadores lutam em prol do povo para possibilitar as melhorias nos serviços de saúde, neste momento tão fora do normal, um grupo de cinco vereadores, formado por Reinaldo Alves, Carpegiane Silvestre, Diego Graciano, Luiz da Saúde e Betim, anda na contra mão de seu dever e obrigação com o cidadão canedense.



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