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Jovem coleciona títulos em jogos eletrônicos, prática esportiva que se tornou febre entre mulheres brasileiras

Na coleção da jovem Júlia dos Santos Indalencio tem 43 títulos em campeonatos de Free Fire, jogo eletrônico de ação...

Na coleção da jovem Júlia dos Santos Indalencio tem 43 títulos em campeonatos de Free Fire, jogo eletrônico de ação e aventura. Aos 21 anos, a técnica de enfermagem tornou-se uma gamer de alta performance e integra o time feminino da Nitroxx E-Sports desde janeiro. Um fenômeno regional que reflete o avanço das mulheres nos esportes digitais pelo Brasil.

O costume de jogar partidas eletrônicas está presente no cotidiano de 74,5% dos entrevistados. Em 2021, eram 72%. A pesquisa foi realizada com moradores dos 26 estados e Distrito Federal durante o mês de fevereiro, quando 13.051 pessoas foram ouvidas. Em relação aos outros anos, houve um incremento entre os que afirmam que os jogos digitais são sua principal forma de diversão. Júlia conta que iniciou a prática por indicação de amigos. “Com o tempo fui conhecendo o game e me chamaram para competir no time feminino. Foi paixão a primeira jogada com toda aquela adrenalina”, diz a gamer, que começou a competir em setembro de 2021 e surpreende pelos títulos conquistados.

O especialista em games e CEO da Nitroxx Games, em Goiânia, Danilo Bittencourt, diz que a presença das mulheres é uma realidade e, em Goiás, a cada dia mais esse público tem procurado os espaços de games. Idealizador do maior time de Free Fire do Estado, que está na série A da Liga Brasileira de Free Fire, ele avalia que a expansão dos jogos eletrônicos no país foi acentuada pelo período de isolamento social. “As pessoas passaram a buscar diversão dentro de casa e uma opção foi o jogo eletrônico, que pode ser praticado por console, smartphone ou computadores. A variedade de opções aliada aos diversos tipos de jogos acaba incentivando a prática.”

A técnica em enfermagem comenta que, se houvesse mais apoio e investimentos no Brasil, seria perfeito para que o número de mulheres na área crescesse ainda mais. “O cenário feminino em si é muito apagado, porque são poucas organizações que realmente investem e dão prioridades nas equipes femininas. O foco principal das organizações é sempre os times masculinos, infelizmente”, avalia Júlia.

Goiânia inova ao sediar Copa de E-Sports

O incentivo aos esportes digitais é uma realidade em Goiânia, que será a única capital do País a sediar um campeonato público das modalidades Free Fire e Fifa 22, pelo segundo ano consecutivo. A 2ª edição da Copa Goiânia de E-Sports se inicia no próximo dia 21 de maio, no Goiânia Shopping. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site https://copagoianiaesports.com.br/.

O torneio se estende até outubro com programações que vão movimentar cinco shoppings centers da Capital e região metropolitana. Ao todo serão cinco etapas classificatórias e a final será em outubro, no Ginásio Rio Vermelho.  

Organizado pela Associação Goiana de E-Sports (AGES), Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria de Esportes, o evento esportivo digital tem também o apoio do Fujioka Gamer e espera reunir cerca de 15 mil pessoas, entre participantes e público em cada uma das etapas classificatórias. O especialista em games Danilo Bittencourt, que está entre os convidados especiais da competição, afirma que, a cada ano, Goiânia tem ampliado sua relevância no cenário nacional dos jogos eletrônicos.

Segundo ele, a iniciativa da Copa Goiânia de E-Sports foi inédita no ano passado e reuniu mais de quatro mil competidores. Neste ano, a previsão dos organizadores é que mais de 15 mil pessoas participem das etapas competitivas.



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