Com braços e tórax mutilados, dois adolescentes foram encaminhados à delegacia de Senador Canedo para esclarecer se atitudes estão relacionadas à grupos que pregam suicídio coletivo pelo WhatsApp. A denúncia foi feita por uma mãe ao ver o braço da filha de 14 anos cortado.
Segundo a mãe, identificada apenas como Luciene, os cortes foram descobertos na escola na hora da aula de educação física. Os ferimentos teriam sido feitos com a lâmina do apontador de lápis.
Ela relata que a adolescente não explicou se foi influenciada por outras pessoas e apagou as conversas dos grupos no WhatsApp. A mãe disse que a garota contou apenas que fazia a automutilação para aliviar suas angústias.
Paula Carolina, mãe de um adolescente de 16 anos, também está na delegacia de Senador Canedo para tentar esclarecer os motivos da automutilação. O garoto cortou os braços e o tórax. Os ferimentos foram descobertos por uma tia do garoto.
A mãe diz que está assustada e teme que os jovens sejam induzidos ao suicídio. “Há suspeitas de que este grupo estaria marcando um suicídio coletivo. Esperamos que com a investigação policial esse caso seja desvendado”.
Segundo ela, o adolescente também não deu detalhes sobre os motivos da automutilação. A sargento da Polícia Militar, Eliane Cristina Paranaguá, diz que após receber a denúncia relacionou o fato com outro caso igual ocorrido na semana passada, na cidade.
Com as investigações, a policial militar descobriu que existe um grupo no WhatsApp, que reúne esses jovens estão se automutilando.
Os responsáveis pelo grupo ainda não foram identificados. Os jovens serão encaminhados para a Secretaria Municipal de Saúde, onde terão acompanhamento psicológico.
As investigações seguem com a Polícia Civil.