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Artistas se reúnem para resgatar a essência da música sertaneja

Compositores premiados internacionalmente integram ação idealizada por um goiano, que quer fortalecer a tradição das raízes rurais e o romantismo nas produções musicais

Retomar as produções sertanejas tradicionais é o propósito de um grupo de cantores e compositores, que se reuniram para criar novas canções cheias de romantismo. Idealizado pelo goiano Kristopher Dutra Lima, empresário do ramo fonográfico, o projeto “Resgatando a Essência da Música Sertaneja” tem como parceiros Carlos Randall, vencedor do Grammy Latino, em 2010, com a música ‘Tapa na Cara’, interpretada por Zezé Di Camargo e Luciano.
 
      Compositor de mais três mil músicas, Randall tem gravações internacionais com Júlio Iglesias e Alejandro Fernandez. No Brasil, nomes como Bruno e Marrone, Leandro e Leonardo, César Menotti e Fabiano, Chitãozinho e Xororó, Christian e Ralf e Edson e Hudson cantaram suas composições de sucesso. 
 
      O cantor Robson Almeida, que acaba de lançar o segundo DVD com o sucesso ‘Vida Loka’, também traz as raízes goianas para a musicalidade do projeto. O time conta ainda com o músico, produtor e compositor João Gustavo, que tem músicas gravadas por Eduardo Costa, Daniel, Guilherme e Santiago, Gustavo Lima, Di Paulo e Paulino, Leonardo, Léo Magalhães, Teodoro e Sampaio, entre outros.
 
      Kristopher Dutra Lima, sócio-fundador da Asteróide Music, diz que essa nova aposta musical é uma forma de trazer de volta as canções que marcaram época e, recentemente, perderam espaço no mercado. “O sertanejo hoje é muito diferente daquele de raiz. O ritmo ganhou novas roupagens que o distanciaram da essência da música sertaneja. A proposta é trazer de volta aquele sertanejo romântico e com referências do interior, que marcou gerações”, comenta.
 
      Os primeiros resultados do projeto vão chegar ao público em breve. Lima conta que os compositores já elaboraram novas canções e estão em estúdio colocando voz e arranjos nas músicas que escreveram. “Esse trabalho será diferente e inovador. Estamos mergulhando na história do sertanejo, apostando na essência da música mais popular do Brasil. Vamos trazer de volta o sertanejo apaixonado, que foi sucesso durante décadas e precisa dessa iniciativa para voltar ao topo das paradas”.
 
      Ele explica que o sertanejo raiz é um gênero musical que começou a ser produzido nas zonas rurais do Brasil a partir da década de 1910. Nestas canções, as letras sempre trazem poesias e declarações de amor de uma forma simples, mas tocante.
 
      Desde o final da década de 90, novas roupagens da música sertaneja começaram a aparecer e logo foram batizadas de sertanejo universitário. Lima recorda que os jovens fãs do gênero começaram a produzir músicas nas universidades, nos encontros das turmas e churrascos. Esse estilo se tornou sucesso por refletir questões do cotidiano urbano e mesclar ritmos como arrocha, pop e funk. 
 
      Apesar das diferenças, ele acredita que há espaço para todos os gêneros musicais e defende que o valor histórico da música sertaneja raiz precisa ser redimensionado. “Esse projeto que abrir espaço as produções tradicionais e românticas”.



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